quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

o elogio ao amor


Tenho que partilhar este texto de Miguel Esteves Cardoso que veio no Expresso, "o elogio ao amor".

Que posso dizer.... acho que é por este motivo que sinto a necessidade de neste momento de estar solteira, porque na realidade nunca gostei de cinzento, nunca gostei de amores em banho maria, quando gosto de alguem, faço tudo o que o meu coração me diz mesmo que isso pareça uma autentica loucura ... mesmo que implique conduzir 6horas para ver aquela pessoa e passadas poucas horas tenha que voltar ao ponto de origem.... nao sei o que é um amor "ta tudo bem".... Miguel Esteves Cardoso diz que hoje em dia ja ninguem se apaixona na verdade e o que as pessoas querem é um contrato.... mas eu nao sei o que isso é, nem nunca soube, nem sei se quero saber.... acho que sou uma eterna romantica que prefere acreditar que é possivel..... mas será que é? Nao sei, mas pela minha maneira de ser nao acho que fosse compativel ficar com alguem por "contrato", sou de paixoes...nao sei explicar mas acho que o Miguel Esteves Cardoso explicou bem o que sinto ..... porque para ter uma relaçao "ta tudo bem" sinceramente, mais vale estar sozinha e apenas fazer novas amizades


"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Um fado para mudar o "fado" (destino)



nao conhecia este fado e ouvi numa das varias "Grandes noites do fado" que a RTP memoria apresentam e nao resisti em publica-lo, porque apesar de nao me identificar, achei-o uma delicia

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Receita nova - camembert com framboesas


Vi esta receita no site do Sapo e nao resisti em partilhar parece-me que deve ser boa, guardo aqui para um dia mais tarde testar


Camembert embrulhado com framboesas e alecrim
Tipo de prato: Entrada

8 Pessoas
Rápido
Fácil
Ingredientes
Compota de framboesas: 1/2 Chávena
Framboesas: 1/4 Chávena
Alecrim (bem picado): 1/2 Colher de chá
Massa folhada: 1 Folha
Queijo Camembert: 1
Ovo (batido): 1
Bolachas salgadas: q.b.
Fatias de Baguette:

Preparação
Aqueça o forno a 190 ºC. Misture a compota, framboesas e alecrim numa tigela. Tempere com pimenta. Reserve. Estique a massa folhada. Corte a casca superior do queijo. Coloque o queijo no centro da massa folhada. Deite a mistura de framboesas por cima do queijo. Dobre a massa em lados opostos, por cima do queijo. Pincele os restantes lados da massa com o ovo. Dobre por cima do queijo e pressione para selar. Pincele a massa com o ovo e coloque num tabuleiro de ir ao forno. Cozinhe por 20 minutos ou até a massa estar dourada. Sirva com bolachas salgadas e fatias de pão, se desejar.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ser cebola ou não ser, esta é a questão

E a questão que fica é, e será mesmo como o ditado portugues diz? que as mulheres sao como as cebolas, depois de velhas ninguem as quer??? Meio bizarro pensar que um ditado tao machista envolva "cebolas" na mesma frase que mulheres. É extraordinario porque os portugueses parecem preocupar-se muito com isto apesar de a esperança média de vida das mulheres actualmente ser ate aso 84 anos e a dos homens ser quase 10 anos menos..... nessa perspectiva penso que ainda faz menos sentido .... gosto mais do girls just want to have fun sempre é muito mais positivo e nao tao limitativo a idade nao é nada quando se gosta, a meu ver, desde que estejam os dois em sintonia, porque nao??? Ate mesmo nos lares se pode encontrar a pessoa que tem mais a ver com a nossa "onda", por isso nao vejo qual a pressa .... Assim como assim, desde que ambos tomem banho acho que não ha necessidade de comparar ninguem às cebolas.... a nao ser que seja cozinheiro e tenha que fazer muitos refogados....

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

deixar o passado, Check, next step?


"Esquece o passado antes de avançares" (in Forest Gump)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011