terça-feira, 21 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

rir é o melhor remédio

viajar para fugir


Ha alturas na vida em que simplesmente temos que pegar na trouxinha e "bazar" "fugir" chamem-lhe o que quiserem..... a verdade é que se não sairmos vamos fazer ou dizer asneirada na certa por isso como ouvi dizer "sou dono dos meus silêncios e escravo das minhas palavras" por isso decidi ficar no silência e sair, fugir literalmente de ca por uns dias
É uma chatice crescer...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

'No Strings Attached'



Por vezes quando crescemos apercebemo-nos que temos a opção "no strings attached", e aproveitar o momento.... será que é a melhor opção??? Os amigos dizem-nos isso e queremos acreditar que sim apesar de parece uma cena saida do Sexo e a Cidade, Samantha style ..... e apesar de conseguirmos ser suficientemente frios sobre o assunto, resta saber se é a melhor opção? ou será que quando temos "no strings attached" um dos dois acaba por criar strings ou simplesmente acaba confundir tudo, deixar de falar com o outro porque não consegue separar as águas? Separar as águas é decididamente a melhor opção, como adultos que somos, mas é preciso ser duro e frio em relação ao momento.... será que somos? ou vale apenas envolvermo-nos com pessoas com as quais sabemos que poderemos ter uma relação?
Ainda não sei..... ainda nao formei opinião sobre este assunto.... ainda me confunde muito

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

viver na realidade harry potter



em conversa com uma amiga tive este brilhante comentario.... que devo dizer que nao se deve a nenhum copo de vinho nem a nada que faça rir, penso que apenas a excesso de horas ao computador e a ver filmes..."penso que as pessoas so estao em sintonia durante o tempo que é necessario para aprenderem com a relaçao e evoluirem, depois estao fora da sintonia.... como se um estivesse a viver num horario do canada e outro do brasil ate encontrarmos alguem que na realidade tambem vive na nossa hora e realidade e ai tudo se encaixa ate la, estamos a viver em varias realidades, como o harry potter, varias realidades dentro de uma so em que todos se tentam entender mas ninguem se entende realmente"
Dedicado a ti espero que nao te importes que partilhe este comentario mas abriste-me tantas vezes os olhos e foste sempre 5 estrelas comigo que nao poderia deixar de partilha-lo

Seriously??!!!!


Mais uma vez me pergunto, desculpa??? desculpa??? seriously!!!!! no seriously !!!! ja nao chega conseguirmos termos imaginação suficiente, .... bem nao sei..... acho que estamos ca todos por um simples motivo, nascer, reproduzir, deixar descendencia e morrer.... tal como todos os outros animais ... como somos humanos procuramos reproduzir-nos com aqueles que gostamos mais, a quem chamamos meu amor ou algo parecido, com quem sentimos assim algo que nos rouba a respiração.... pois bem, por esse motivo falar das relações é tao importante porque na realidade por mais trabalho, cursos e viagens que façamos, as hormonas falam sempre e os sonhos e vontades de querer estar com alguem que nos tire a respiraçao tambem..... podemos nao pensar a toda a hora, mas pensamos todos os dias, mesmo que inconscientemente, por isso quando nao temos essa pessoa nas nossas vidas o que acontece? sonhamos, sonhamos alto, perdemo-nos em pensamentos e justificaçoes para andarmos perdidos em pensamentos, noitadas, amigos, olhares e "desolhares", passeios, esperanças e conquistas..... e recorremo-nos de conversas, confianças, e tantas outras coisas para acreditarmos que tudo irá ficar como gostariamos, nao digo felizes para sempre, mas pelo menos enquanto durar.... os sonhos e ideias sao muitas mas depois como mulheres que somos gostamos de brincar com outras coisas, ler cartas, carta astral, e horoscopos e ai deparamo-nos com isto esta semana (Vera Xavier):
"Cavaleiro de Copas - Vamos falar de amor? Este cavaleiro não quer falar de outra coisa! Uma atracção, um clima de paixão, um despertar de algo amoroso pode acontecer esta semana. Por isso, “aperte o cinto” e permita-se viver novas emoções! Afinal de contas, quantas vezes já não se queixou que nada acontece na sua vida? Ou que precisava de miminhos? Ou de agitação? Quando esta situação se materializar não tema em vivê-la, é que, de vez em quando, as coisas boas também acontecem!Se por acaso sentir algum medo de sofrer, se achar que não conhece bem a pessoa, ou está desconfortável com alguma situação, ouça a sua sábia intuição, é que apaixonar-se não significa baixar as armas, significa sim, estar pronto/a para dar e receber e para o que der e vier. Se acreditar que vai ser bom, as probabilidades de vir a ser crescem exponencialmente!" e volta a repetir quando diz "Deixe o mundo dos sonhos um pouco de lado e tenha a coragem de enfrentar e viver tudo aquilo que ainda vai surgir! Seja bom ou seja mau, o que importa é não ficar sentado a olhar para o ontem"…

E se os horoscopos se por vezes concretizassem mesmo?.... concretizam-se? ou sera que somos nos que adaptamos o que nos acontece ou interpretamos a nossa vida de outra forma depois de os ler .... bem deixo o desafio ao destino, se ele existir e se estiver definido, quero ver o que ai vem, que venha que eu enfrento o touro de frente

ha alturas na vida que nao sabemos se devemos rir ou chorar


Há cenas que acontecem na vida que nos pensamos minha nossa.... so espero nao ficar assim no futuro.... pois bem, no lar da minha avó estava uma senhora, muito dona do seu nariz e que em amena cavaqueira se virou e disse "sabe a minha filha está a pensar por-me num lar, sabe o que é um lar?" bem.... ela esta a viver no lar ha algum tempo ja.... a pergunto que lhe foi feita a seguir foi, "e o que acha deste local onde está?" resposta "ai aqui gosto de cá estar, é um bom local".....
assustador não? nao sabia se haveria de rir ou de chorar quando ouvi, porque parece cena comica de filme, mas nao era.... uma coisa é certa ha momentos na vida em que é melhor vivermos na ignorancia pode ser que assim nao nos apercebamos que:

- ha alturas na vida em que nem sabemos bem onde estamos (e nao estou a falar de sitio fisico) nem quem somos
- só estamos bem onde não estamos
- não queremos viver num "lar" (que pode tomar tantos nomes)
- mas vivemos no "lar" sem sabermos
- o "lar" é o melhor para nós, mesmo sem nós sabermos, nem nos apercebermos
- os outros querem o nosso bem e apenas nós fazemos tudo para nao estar bem no sitio que nos faz melhor

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pick me, choose me, love me



("palavras que nunca te direi" ja dizia o titulo do outro filme ....deveriam ter sido ditas ha muitos anos atrás mas que nunca foram, nem serão ditas e que por esse motivo ficou tudo tão confuso durante tanto tempo..... mas agora ja está tudo percebido e a vida continua)

“O homem que é firme, paciente, simples, natural e tranquilo está perto da virtude.”

Há alturas na vida que passamos por uma situação e a partir daquele momento simplesmente tudo fica claro na nossa cabeça sobre um determinado assunto da nossa vida ... dificil de explicar, mas por vezes parece que determinadas coisas que nunca entendiamos no passado se encaixam, passamos a entender... e agora? enfrentamos de frente o touro agora que sabemos de tudo ou seguimos outro rumo na vida agora que sabemos o que tanto nos baralhava?
Decisão no minino curiosa, porque se por um lado temos medo de cometer uma grande argolada, por outro achamos que sem isso de nada vale ter ficado tudo tão claro na nossa mente.....
Claro que o nosso pensamento pode estar completamente confuso.... mas se calhar se nunca arriscarmos nunca saberemos

Esta é uma passagem de um filme PS I love you, que me faz recordar uma dessas situações que a vida nos apresenta:
Gerry Kennedy: [after their kiss in Ireland] Where are you going?
Holly Kennedy: Stay.
Gerry Kennedy: You have my jacket.
Holly Kennedy: I'm keeping it unless we meet again, otherwise that will be the most perfect kiss ever shared by two strangers
Gerry Kennedy: I bet we will meet again.
Holly Kennedy: You better win that bet, because if we do, that'll be the end of it.
Gerry Kennedy: The end of what?
Holly Kennedy: Life as we know it.
Gerry Kennedy: I'm singing at this...
Holly Kennedy: Shh, if I happen to walk into the right one in the right town.
Gerry Kennedy: What's your name?
Holly Kennedy: No.

choose


"Deita fora as boas avaliaçoes e guarda as más para poderes aprender com elas"
(um amigo do Jamie Oliver)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

acertei no alvo?


e depois ai temos.... uma fase da vida que nunca esperamos ter.... constamos que passamos o tempo a pegar no arco e flecha e atirar contra uma parede ou arvore e depois pintamos os circulos do alvo em redor, convencidos que assim todos vão pensar que acertamos mas na verdade, nem tudo é cor-de-rosa e quem são os primeiros enganados somos nós.... porque o segredo está mesmo em ter o alvo desenhado e pegar no arco e flecha e acertar no centro, e não o inverso.... e esta heim dá que pensar não dá, quantas vezes na vida pintamos o circulo e raramente nos lembramos de acertar num circulo que ja esteja desenhado.... dá mais trabalho e é mais complicado eu sei... mas é muito mais gratificante, vos garanto
esta comparação apareceu num livro de jorge bucay e achei linda, por isso tinha que partilhar de alguma forma

em que ano estamos mesmo?


Há alturas em que lemos algo e pensamos porque é que eu li mesmo isto??? Bem, li o horoscopo esta semana e fiquei a olhar para aquilo e pensei "que raio???" aqui vai o que la estava escrito:

"A Morte indica que algo vai ser transformado. Alguma situação vai mudar. Não tenha medo do futuro. Abra os braços ao novo neste seu novo ano de vida, querido Escorpião! Acredite que o seu novo ano vai ser bem melhor que o que acabou agora."
Então que venha, como a bailarina da pintura, desafio o destino a mostrar-me do que é capaz... sempre estou para ver se o destino é capaz de fazer melhor que eu

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Billie Jean



apresantado por uma amiga minha MJ, tinha que partilhar aqui: Billie Jean by Aloe Blacc & The Grand Scheme

say when

O que fazer quando queremos alguém que está no outro lado do mundo, por exemplo ?? Pergunto o que fazer? não estaremos a pedir de mais ao "destino"? Começo a achar que ficamos um bocado viciados no "acreditar" e acabamos por pensar que tudo mas tudo mesmo é possivel, ... quer dizer depois de tudo o que vivi acredito que tudo é possivel .... mas achamos que mais é melhor, alias que nada é de mais no que toca ao que desejamos para nós, porque no fundo não queremos dizer quando deveremos parar... porque sabemos que se continuarmos a lutar e a acreditar um dia, um dia a vida surpreende-nos
Dr. Meredith Grey: I have an aunt who whenever she poured anything for you she would say "Say when". My aunt would say "Say when" and of course, we never did. We don't say when because there's something about the possibility, of more. More tequila, more love, more anything. More is better.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

eu penso positivo porque estou viva


Porque Fernando Pessoa é provavelmente o melhor escritor portugues de sempre, não poderia ter um blog sem escolher um poema dele e nada melhor que um poema onde fala em aproveitar a vida ao máximo, como tento fazer cada dia, mesmo quando faço pouco, esse pouco que seja intenso, que o trincar de uma maçã, o olhar para o mar como se da primeira vez fosse, olhar para um grafiti numa parede de um bar na praia e pensar como aquilo está tudo tão giro e descrobrimos novos pedaços que não tinhamos reparado da outra vez na pintura, ler um livro pela primeira vez e aprender coisas novas.... olhar tudo com olhos de criança e em toda a nossa ingenuidade, abraçar a vida em toda a sua grandeza.... o heteronimo de Fernando Pessoa "Alberto Caeiro" mostra isso neste poema:

"Sou um guardador de rebanhos
Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei da verdade e sou feliz."
Alberto Caeiro

si ka badu ka ta biradu


às vezes conhecemos pessoas que não sabemos porquê nem como sentimos sintonia e queremos saber mais daquela vida porque sentimos uma enorme empatia.... somos cativados.... penso que é um bocado como principezinho e a rapousa em que cada vez que falavam cativavam-se, como amigos, e quando se separaram .... bem para quem nunca leu deixo um pedaço do texto que se encontra disponivel na internet:

"No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estaria inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.

- Que é um rito? perguntou o principezinho.

- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

- Ah! Eu vou chorar.

- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

- Quis, disse a raposa.

- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.

- Vou, disse a raposa.- Então, não sais lucrando nada.

- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo."

de Saint Exupery

O cabelo do principezinho é da mesma cor do trigo e sempre que ela olhasse para o trigo iria lembrar-se do principezinho e de todas as boas memorias dos sitios que associava a ele e das conversas que tiveram. Penso que temos muito a aprender com este texto porque tal como com as pessoas que conhecemos, aprendemos sobre os outros mas sobretudo sobre nos... ajuda-nos a encontrar novos caminhos... tudo na vida é incerto e quem cativa e deixa-se ser cativado... penso que é como se fosse uma dança a par, ha cumplicidade, ha alegria, ha partilha e depois a musica termina e é como se tudo o vento levasse, vai cada um para seu lado, mas aquele momento ficará para sempre nas suas vidas e memorias.... e esperamos sempre voltar a estar com aquela pessoa ou naquele local mas se não voltarmos, bem então ai é como no filme Casablanca "teremos sempre Paris"

Dedicado: a todos os que conheci e com quem aprendi muito em Bali, espero brevemente voltar, mas se não voltar, neste caso "teremos sempre Bali"

"si ka badu ka ta biradu" é crioulo de Cabo Verde e significa que "é preciso ir para poder voltar"

sábado, 20 de novembro de 2010

Jorge Bucay em entrevista

o meu escritor de eleição... uma pessoa que escreve como ninguem e que nos abre os olhos, diria que cada livro dele é como ler o principezinho de novo, todas as vezes que lemos, lemos com outros olhos e percebemos outra coisa igualmente importante para a nossa vida, que nos completa e nos torna mais humanos, e com os olhos mais abertos para o mundo

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

a ti avó


hoje por acaso so me deu vontade de rir, a minha avo acha muita piada ter netos de outra cor da pele da dela, entao faz questao de dizer isso a todas as pessoas que encontra na rua e que sao da mesma cor que os netos e diz, sabe o meu genro é da terra *****, como se aquela pessoa por ter aquela cor de pele tambem fosse.... é um bocado estranho, mas é a sua maneira de mostrar-nos que esta a vontade com a situaçao, tendo em conta que na geraçao dela, a nossa cor de pele em alguns paises poderia gerar muitos problemas.... curioso é que a minha avo durante muitos anos da sua vida morou perto da embaixada dos EUA.... por isso fartei-me de rir hoje a imaginar a minha avo a passar pelo presidente dos EUA e dizer, "ola esta tudo bem, sabe que o meu sogro é da terra **** e os meus netos têm a sua cor, é uma cor muito bonita"... seria adoravel, vindo de quem vem, era menina para isso e conhecendo-a como conheço o sr presidente dos EUA nao lhe iria resistir, especialmente se ela ainda fizesse os famosos pasteis de bacalhau que sempre fez com tanto gosto para o meu pai.... mimos de avo valem mais que qualquer prenda ou dinheiro.... como se costuma dizer "nao se pega nao se compra nem embrulha".

Dedicado: a ti avo que embora nao devas provavelmente ver este post, és das pessoas mais importantes das nossas vidas, e pela maneira singela que sempre tiveste sempre de lidar com sermos diferentes, obrigada por tudo

consciência o que te devo...


e agora? quando escolhemos e dizemos algo que pode precipitar tudo o que queremos e vemos que finalmente podemos alcançar e quando estamos quase apercebemo-nos que ao alcançarmos isso prejudicamos alguem ..... o que acontece, quando temos consciencia? uma bosta é o que é, bela chatice....acho que nestes casos ha alguem la em cima que altera alguma coisa ca em baixo ou envia-nos alguem para nos abrir os olhos e mostrar que estamos no caminho errado.... então ai endireitamos de novo ....

sábado, 13 de novembro de 2010

Expectativas


criar expectativas ... penso que é do pior que há.... castelos nas nuvens... em relação a tudo.... porque uma coisa é criarmos expectativas com fundamentos, com bases solidas, outra coisa é criar "porque sim" porque gostamos de contos de fadas do seremos felizes para sempre naquela profissao ou seremos felizes para sempre com aqueles amigos ou seremos felizes para sempre com aquela pessoa .... acabamos muitas vezes por depois somar 1 mais 1 e apercebemos-nos que é igual a 2 e ficamos estupidamente surpreendidos .... ridiculo, talvez mas acho que acontece a todos os sonhadores que ainda acreditam no impossivel.... qual a solução? amanha é outro dia e continuar a acreditar, porque um dia vamos encontrar o que procuramos

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

vidas....

... e chegamos aquela fase da vida em que não aceitamos de animo leve palavras, acções ou coisas com que não concordamos... nesta fase começamos a fazer novos amigos a despedirmo-nos dos antigos que já não fazem parte da nossa vida actual por termos seguido caminhos muito diferentes... aquelas pessoas foram importantes e nos para elas, para ambas crescermos, mas a vida tomou novos rumos... crescemos e seguimos em frente e aprendemos muito... Não vou dizer que nao temos saudades dessas pessoas pela importancia que tiveram nas nossas vidas, mas o presente é o que mais conta.... o mesmo se aplica as paixões e amores das nossas vidas, todas fizeram parte de uma das nossas diversas vidas, mas hoje somos uma nova pessoa e apesar delas ainda fazerem parte da nossa mente é como a musica diz, fazem parte até encontrarmos outra pessoa... porque quando encontramos, fechamos essa gaveta do passado e abraçamos o presente.... porque o presente está a bater à nossa porta e é preciso abri-la...

Dedicado a H, M.T. e tantos outros amigos que seguiram outras rotas e dos quais perdi contacto.... pela importancia que tiveram na minha vida, cada 1 na sua escala temporal ... mas a vida segue diferentes percursos e as nossas escolhas fazem-nos abraçar um novo presente e um novo futuro

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

sozinhos no novo caminho


e depois apercebemo-nos que somos os únicos neste caminho, que fazer? acho que acabamos por nos sentir um pouco sozinhos e perdidos, parece que tudo o que faziamos antes deixa de fazer sentido e que precisamos de ver a luz ao fundo do tunel .... muitas vezes temos regras estupidas que nos proprios criamos para criar barreiras de gelo em nosso redor para que outros nao passem, e para quê? ainda nao sei a resposta a esta pergunta.... olhamos em volta e todos parecem saber o rumo a seguir, menos nós,.... nós parecemos meio à deriva, tomamos decisões que por vezes ja nem sabemos se foram as mais correctas, abraçamos o futuro com esperança de encontrar uma resposta para aquilo de que sentimos falta na nossa vida actual e vivemos o presente de forma descuidada sem nos apercebermos que o tempo passa, sem fazermos nada para mudar aquilo com que nao concordamos nas nossas vidas.... o problema está quando não sabemos que decisões tomar e que fazer porque parece que tudo o que fazemos só complica ainda mais e afasta-nos do que gostariamos de seguir e da vida que gostariamos de ter.... nessas alturas, procuramos locais que nos dão paz e nos ajudam a pensar ou entao deixar totalmente de pensar.... por exemplo a praia...porque ha mudanças na vida que podemos influenciar e outras sobre as quais nao temos qualquer poder .... a vida vai-se escrevendo em linhas espaçadas de historias e contos que compõem o que chamamos destino....

terça-feira, 9 de novembro de 2010

All right

Donavon Frankenreiter - All Right (Glow 2010)... é a minha musica de eleição hoje, faz fluir as boas energias e pensar positivo porque tudo o que é bom pode passar mas o mau tambem passa por isso cabeça erguida sorriso na cara e lalalalalala it's going to be all right

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Last Request

Musica de Paolo Nutini. Tinha de partilhar com a turminha esta musica....one last request é o que muitos de nós queremos fazer, a um namorado, a um amigo, a Deus.... tantas vezes dizemos, este é o ultimo pedido que te faço, quando na realidade sabemos que nunca é o ultimo pedido a não ser que essa pessoa desapareça permanentemente das nossas vidas... e ai os pedidos ficam ali, na nossa mente, no nosso coraçao, a vida continua e os pedidos e os actores mudam, mas a questão que fica é se aprendemos com tudo aquilo... bem no que toca a Deus, como esta sempre presente nas nossas vidas, será sempre o pobre coitado (com todo o respeito) que terá que aguentar com as nossas lamurias e pedidos egoistas, egocentristas....

Mas será que pedir é totalmente mau, ou será que nos poderá levar para um rumo melhor e mais positivo para nós..... I just want you closer... grant my last request, and just let me hold you... sure I can accept that we're going nowhere, but one last time let's go there, lay down beside me.... but I'm no wiser than the fool I was before... tell me how can , how can this be wrong?

domingo, 7 de novembro de 2010

Nobody Knows

.... a letra diz tudo.... dedicado a ti ...

cultura....


Nao poderia deixar de partilhar esta entrevista que veio na Visão, não só por ser um dos portugueses a quem vi fazer uma entrevista e que me deixou completamente de queixo caido de admiraçao pela forma como falava da vida, como também porque temos que apostar nos escritores portugueses de qualidade.


"Esta entrevista foi feita em casa do escritor. Como sempre que se encontram dois benfiquistas decentes (passe o pleonasmo), começou por se falar do Benfica. Recordou-se a equipa bicampeã da Europa, e os seus jogadores foram sempre designados pelo nome completo, como deve ser. Dedicou-se um quarto de hora ao pé esquerdo de Fernando Chalana, que, no entanto, merecia mais. A subtileza de Nené e a inteligência de Pablo Aimar foram medidas contra a subtileza e a inteligência de outros (sim, outros) poetas, e ganharam a contenda. Só depois se falou de temas não tão importantes, como a vida, a morte, a literatura. Com desculpas aos leitores, é essa parte menos interessante da conversa que aqui se reproduz.
Quando, ainda criança, o sr. António Antunes assiste a um cortejo fúnebre e se aproxima da ideia da morte pela primeira vez, a prima põe-lhe a mão na testa e diz: «Quando cresceres compreendes» (página 31). Mas ela está a mentir, não está? Nós nunca compreendemos.Nunca compreendemos. Há uma história engraçada do Walt Whitman. Ele estava num velório e havia uma criança ao pé dele. Agarrou na miúda, mostrou-lhe o caixão e perguntou: «Tu não percebes? Eu também não.» É uma incompreensão perante a morte... Eu nunca tinha visto morte. Vi esse enterro de criança, em Nelas, e não voltei a vê-la: eu era o filho mais velho de dois filhos mais velhos, os meus avós tinham 40 anos. Só voltei a vê-la quando entrei na faculdade de Medicina, no teatro anatómico, tinha acabado de fazer 17 anos. E pensei: não sou capaz de ver, não sou capaz de olhar. É uma total incompreensão para mim.
Escrever sobre a morte é um modo de tentar compreender?Nunca ninguém morre nos meus livros, passam é a viver de maneira diferente. O meu pai, depois de morrer, continuou a mudar, a existir dentro de mim. E continuámos a falar. Até que chega uma altura em que estamos em paz e o nosso diálogo é de tal maneira perfeito que nem sequer necessitamos de palavras. E depois sentimos que estamos a viver também por eles. Eu estou a viver pelas pessoas de quem gostei e que, para mim, continuam vivas. Mas, ao mesmo tempo, quando escrevemos, estamos tão ocupados a resolver os problemas técnicos que não sabemos muito bem para onde estamos a ir. Claro que não é escrita automática, mas... Estamos a querer dizer a vida toda. E, no fundo, talvez seja a única maneira que nós temos de vencer a morte. Não sei. Há uma coisa muito mais importante do que o talento: é a bondade. E como, para mim, o defeito mais grave é a ingratidão, a única coisa que eu sempre achei que tinha era a capacidade de escrever coisas em que pudesse dar às pessoas de quem gostava aquilo que não era capaz de lhes dar. Por pudor, por vergonha, por cobardia, talvez, por estupidez. Está a ver? Tomem lá, isto sou eu. Tomem. É para vocês. É um presente que eu fiz. Quando um dos meus irmãos era pequenino, o meu pai fez anos e o presente que o miúdo lhe deu foi uma torrada embrulhada num guardanapo de papel. Nunca vi o meu pai tão comovido. Uma vez, uma das minhas filhas, quando era pequenina, deu-me 25 tostões, nos meus anos. Foi o melhor presente que me deram. Estou a dizer isto e estou a comover-me porque [pausa] nunca me deram tanto dinheiro.
Há um momento no livro em que o sr. António Antunes diz: «Não faz sentido eu morrer» (pág. 53). Na crónica que publicou aqui, na Visão, depois de ter sido operado, António Lobo Antunes escreveu: «Quero ficar sozinho a medir isto, a minha doença, a minha mortalidade, o meu pasmo.» Tanto o autor como a personagem são tomados pelo mesmo espanto. A morte é a circunstância mais corriqueira da existência, mas surpreende-nos a todos.O que senti nessa altura foi: «Estão a brincar comigo, não sou eu. Um cancro? Não.» Mas quando comecei a pensar em escrever o livro decidi fazer uma coisa que nunca fiz: usar uma falsa terceira pessoa. E jogar com os tempos. Porque a carga emocional era tão forte que tinha de me servir de uma série de artifícios técnicos para me ser menos penoso escrever. Para não me comover tanto, para não me emocionar tanto, para não sofrer tanto.
Interpor um filtro de técnica entre o coração e página.Exactamente. Embora, para escrever, tenhamos de ter o coração aberto mas, ao mesmo tempo, todo o conhecimento. Quando eu acabei o curso, havia um professor de cirurgia que era muito bom. Dizia o que tinha a dizer e depois: «Agora esqueçam tudo e vão lá para dentro.» Porque o conhecimento técnico acaba por ser internalizado. E nós, quando estamos a escrever, estamos a aprender a escrever, também, porque qualquer livro bom é um livro sobre como escrever. Qualquer bom escritor está a ensinar-nos a lê-lo. Por exemplo, eu aprendi a ler o Conrad com o Conrad. Ao princípio, não percebia nada, parecia-me uma confusão. O Gogol. Aprendi a lê-los com eles. O Dylan Thomas, que, à primeira vista, parece uma catadupa de imagens sem sentido. E não é. É muito mais que isso, somos nós todos. E então, a minha gratidão para com os artistas é imensa. A melhor crítica de pintura que eu conheço foi feita quando o Théophile Gautier foi ao Prado ver As Meninas. O gajo olhou e disse: «Mais où est le tableau?» Onde é que está o quadro? É quando o livro deixa de ser livro para se tornar nós - nós, leitores. Acontece-me tanto. Às vezes a gente descobre um bom escritor. Descobri, há relativamente pouco tempo, o Cormac MacCarthy. Muito bom. O Kosztolányi, o húngaro. Muito bom. Eles escreveram só para mim. Os outros exemplares trazem coisas diferentes. Eu não gosto de emprestar livros, porque o meu exemplar é que é. Como acho que O Monte dos Vendavais foi escrito só para mim. Ela está a falar comigo, ela conhece-me. Ela conhece-me.
Há outro livro de um escritor português - aliás, seu amigo -, José Cardoso Pires, também escrito a partir de uma situação em que o autor se confronta com a morte, que se chama De Profundis, Valsa Lenta. «De profundis» são as primeiras palavras do salmo 130. «Sôbolos rios que vão» são as primeiras palavras de um poema de Camões que é uma glosa do salmo 137. É uma coincidência que dois ateus, quando colocados perante a morte, invoquem a Bíblia?Eu acho que não há ateus. Não há, não acredito que haja. Há um provérbio húngaro muito antigo que diz: «Não há ateus na cova no lobo.» E há outro que eu acho do caraças, que é: «Qualquer bocadinho acrescenta, disse o rato, e fez chichi no mar.» É magnífico, não é? Talvez seja isso que nós fazemos. Fazemos chichi no mar mas, porra, acrescentámos. Isso dá-nos algum consolo. Mas são duas situações muito diferentes. O Zé podia ser meu pai, quase, e, no entanto, era o melhor amigo que eu tinha. Era um homem excecional. Telefonava todos os dias. Era um homem duro, cheio de arestas. Uma vez mostrou-me uma coisa do Redol, que era uma pessoa que ele admirava muito. Eu lia os livros do Redol e não gostava nada. E um dia percebi. Ele mostrou-me uma carta que o Redol, que estava a morrer em Santa Maria quando eu era estagiário, lhe escreveu. Uma carta em papel timbrado de um hotel. O timbre era uma coisa muito pomposa. E o Redol despede-se. Zé, nunca mais te vou ver, fui muito teu amigo, e tal...P.S.: Já viste papel de carta com mais mania? O Zé disse: «Foi a única vez que eu chorei como uma criança.» E o Zé, quando chega a altura do De Profundis, escreveu aquele livro pequeno porque já não era capaz de o escrever grande. Foi muito diferente disto, porque eu estava cheio de força quando estava a escrever o livro, embora me tenha custado muito. Eu li, há dias, uma entrevista do escritor [José] Rodrigues dos Santos, julgo que na Visão, em que ele dizia que, se o escritor não tem prazer em escrever, o leitor não tem prazer em ler. Qualquer coisa desse género. Meu Deus... O Zé dizia: «É preciso que a gente sofra para que o leitor tenha alegria.» Lembro-me sempre daquele primeiro verso do Endymion, do Keats: «Uma coisa bela é uma alegria para sempre.» O que eu devo aos livros, e à pintura, e à música... O que eu devo ao André Brun...
Ao André Brun?O André Brun foi comandante do meu avô, na guerra, era oficial do exército. O meu avô dizia que era um homem de uma coragem extraordinária. E depois ficaram amigos. Ele morreu relativamente cedo, e o meu avô contava, comovido, que, na última vez que o visitou, perguntou-lhe: «Então, André, como vais?» E ele respondeu: «Olha, se calhar vou de casaca.» E tinha lá os livros todos do André Brun. O que aquele homem trouxe aos meus 10 anos foi imenso. E era um humorista. Tem um livro passado nas trincheiras onde consegue fazer humor com situações muito complicadas, de vida ou de morte. O que eu devo às Selecções do Reader's Digest que havia em casa dos meus avós. Perguntam a um escritor: quem foram os autores influentes para si? Homero, ou este, ou aquele, ou aqueloutro. É mentira, isto.
Quem são os seus?A mim, o que me deu vontade de escrever foram o Almanaque Bertrand, o Pato Donald, O Mandrake... Foi por causa disso que eu comecei a escrever. Estava sozinho, escrevia, e depois é um milagre, para uma criança, que as palavras, postas à frente umas das outras, façam sentido. Até que descobrimos que há uma diferença entre escrever bem e escrever mal. E aí, pelos 20 anos, descobre-se que, entre escrever bem e uma obra-prima, há uma diferença ainda maior, e que só vale a pena escrever para ser o melhor. Para dizer aquilo que nunca foi dito. Como é que eu hei-de explicar? Eu sinto-me um elo de uma corrente que começou muito antes e acabará muito depois. E quem é que escreve? Quando escrevemos, quem é que escreve? Quem é que, através da nossa mão, se exprime? Quem? Não sei. A gente só tem perguntas, e quando encontra respostas elas transformam-se em novas perguntas. Então, nunca faremos o livro que queremos, porque pode-se sempre ir mais longe. E, se conseguirmos trazer uma coisa que achamos nova, percebemos que essa coisa é uma porta que dá para outra coisa ainda, e outra, e outra, e outra...
Quem é que o António lê hoje?Nós temos poetas contemporâneos de grande qualidade. O Vasco Graça Moura é um grande poeta. Um, que descobri há relativamente pouco tempo: Manuel António Pina. É muito bom. António Franco Alexandre. É muito bom. E estou a esquecer-me de nomes. Pedro Tamen. Infelizmente nas traduções de poesia, essa qualidade não passa. Mas eu gosto tanto de ser português, pá. Gosto de Portugal. No aeroporto, conheço logo a bicha do avião que vem para Portugal: são os mais feios, mais pequenos, mais escuros. Mas gosto. Gosto do nosso mau gosto. Gosto. Há um lado meu que adora essas coisas: cães de faiança, molduras de talha. Gosto. Quadros de palhacinhos a chorarem, de gatinhos a saírem de botas. Gosto. Um livro sem mau gosto é mau.
Em De Profundis, José Cardoso Pires fica sem memória; em Sôbolos Rios Que Vão, a memória é tudo o que resta ao sr. António Antunes. É mais cruel perder a memória ou conservá-la, sabendo que, como diz o poema de Camões que dá título ao seu livro, «todo o bem passado...»Ah, sim, «...não é gosto, mas é mágoa». [Pausa.] Não sei responder. Era uma mistura de emoções. [Pausa.] Sabe, na semana passada, disseram-me da editora que uma senhora que tem um cancro em fase terminal gostava que eu lhe assinasse os livros. Ou, o ano passado... recebi um telefonema de França. «Está? Chamo-me Jean Daniel.» Jean Daniel era um ídolo da minha juventude. Diretor do Nouvel Observateur. Foi através da crítica literária do Nouvel Observateur que vim a saber do boom sul-americano, que estava a acontecer nessa altura. Portanto, era um homem a quem eu devia muito. E o senhor telefona-me e diz: «Eu tenho 89 anos e gostava de o conhecer antes de morrer.» Isto é tudo tão comovente, não é? Tenho tido muita sorte. E depois são os amigos desconhecidos. No outro dia, estava à procura de uma rua até que entrei num cafezinho pequeno para perguntar. Dois homens levantaram-se e levaram-me lá. O que isto vale... Diga lá se uma pessoa merece isto... Não merece. Tinham lido os livros, é extraordinário.
No segundo capítulo, o da operação, o jogo com os tempos de que falava há pouco é mais intenso. Há uma espécie de «chuva oblíqua» entre Nelas e o hospital em que, ainda mais do que no poema do Pessoa, é evidente que o tempo passado e o tempo presente se misturam e criam um outro tempo, um terceiro tempo que é a fusão dos dois.Foi muito difícil escrever esse capítulo, não sabia como havia de fazê-lo. [Pausa.] Concordo consigo, os tempos misturam-se e há um outro tempo.
Quem está naquela cama, em Santa Maria, é o sr. António Antunes ou o Antoninho? Quem morre, quando se morre? O velho que vemos no hospital ou uma criança que já não existe mas que continua a ocupar o espaço da memória, a lembrar-se dos balões dos «Armazéns Victória Tudo Para a Mulher Moderna», de uma estrangeira loira que havia num hotel - ou de um trenó que tem escrito Rosebud?Ah! Não tinha reparado nisso.
Sabe qual é o seu balão, a sua estrangeira loira, o seu trenó?Não sei... [pausa]. Não tinha pensado nisso. Sabe, o Orson Welles disse uma coisa que foi importante para mim: «Há duas coisas que nunca filmo: pessoas a fazerem amor e pessoas a rezarem.» Não há uma descrição de sexo num livro meu. [Pausa.] Esse filme [Citizen Kane] é um milagre. Um milagre. A gente fica com aquela inveja saudável. E, ao mesmo tempo, com orgulho. Um grande artista devolve-nos uma imensa dignidade. Eu vejo sempre o concerto de ano novo, com música do Strauss, e comovo-me até às lágrimas. É uma tal vitória sobre a morte, a música do Strauss... É preciso acreditar nas pessoas. As pessoas são tão mais ricas do que elas mesmo pensam. Nós parecemos viúvas pobres: vivemos em duas assoalhadas com serventia de cozinha. E procuramos a porta em paredes que sabemos que não têm porta, e temos medo de abrir as janelas. E, depois, há assim uns cabrões, como o Strauss, que fazem isto por nós.
Há um livro da Susan Sontag (A Doença e as Suas Metáforas) em que ela diz que a antiga ideia romântica que tínhamos da tuberculose, segundo a qual a doença era provocada pelo caráter do doente, subsiste hoje, mas agora em relação ao cancro. Que a vítima é, ao menos em parte, culpada. Sentiu isso?Isso é tão verdade que eu tinha vergonha. Por exemplo, eu podia pagar menos IRS se invocasse o cancro, e fui incapaz de o fazer. Tinha vergonha. Era uma inferioridade minha. Só pensava: que diferente que isto é da guerra. Porque, na guerra, há uma coisa que está fora de mim e eu posso dar-lhe um tiro. Aqui, não posso fazer nada. Lembro-me de, quando estava a fazer radioterapia, dizer: «Morre, morre, filho da puta.» Insultava o cancro. [Risos.]
É como diz no livro? «Pode ter-se um cancro e estar alegre, ora essa» (pág. 19). Se calhar, nem há outra maneira.Eu, infelizmente, não sou uma pessoa feliz nem alegre. Tenho dois ou três amigos que são, e tenho uma inveja imensa deles. Primeiro, porque pertenço à classe dos eternos culpabilizados. Culpado de tudo. E, depois, às vezes, penso: porque é que a gente sofre tanto? E sofrer por nadas.

Logo no início do livro, diz-se: «que terrível e cómica, a morte» (pág. 14). O facto de ser cómica faz com que seja ainda terrível ou torna-a menor aos nossos olhos e por isso mais fácil de enfrentar?Ó Ricardo, não sei, ainda não morri. Mas a gente não pode levar a morte a sério. Há que aceitar a morte como a impostora que é. Uma vez perguntaram ao Hemingway o que é que ele achava da morte, e ele disse: «Outra puta.» E venceu-a. Ele dizia: um homem pode ser destruído, mas não pode ser vencido. [Pausa.] Tinha razão, não tinha?"

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Just The Way You Are

Cada vez penso mais que vivemos perdidos no meio de paixoes e confundimos muitas vezes paixoes com amores... amores à primeira vista acredito que existam, simplesmente sao raros.... hoje ouvi um casal indiano que teve um casamento combinado e a quem foi perguntado se se amavam e a resposta deles foi que vão aprendendo a conviver um com o outro e que com o tempo vão acabar por conhecer tudo sobre o outro e vão amar-se... é impressionante como nos que vivemos no ocidente vivemos muitas vezes em agonia das paixoes que chegam e vão e poucos têm a sorte de se amar verdadeiramente, e este casal que nem apaixonado estava explicou de forma relativamente clara o modo como no oriente os casamentos combinados conseguem resultar, ok pode parecer para nos como um negocio, e muitos podem resultar porque as mulheres nao têm idependencia economica e sao obrigadas a viver com os maridos ou entao nao é permitido o divorcio, mas se calhar em parte eles têm razão numa coisa, as pessoas sao educadas no sentido de investirem tudo para que o casamento resulte, com o objectivo de que, com o tempo, venham a amar-se.... nao estou a dizer que concordo, porque sinto-me um ser humano de paixões, apenas acho que nós acabamos por viver tão perdidos nas paixoes que quando o amor verdadeiro chega, nao nos damos ao trabalho muitas vezes para fazer com que resulte.... somos mais egoistas nesse aspecto... e mais desistentes se é que poderei dizer assim... nao lutamos e se calhar por isso... cerca de 60% dos casamentos no mundo sao combinados ... não so porque muitos dos paises orientais têm o habito de combinar casamentos, mas porque se calhar perceberam que as paixoes sao optimas nao nos levam muito longe e geram muita flutuaçao emocional, e no oriente, sendo paises que apostam no equilibrio atraves da religiao ou actividades (yoga, tai chi, etc) encontraram a melhor forma possivel para conseguirem o equilibrio emocional... terá sido isso? ou apenas uma questao cultural que nao necessita de explicaçao??nao sei, da que pensar..... em todo o caso achei que esta musica estaria adequada ao tema....

(Tyler Ward Ft. AHMIR) - Acoustic Cover

bem melhor seria?

sábado, 30 de outubro de 2010

I'll take my chance

"If I'm smart then I'll run away
But I'm not so I guess I'll stay
Heaven forbid
I'll take my chance on a beautiful stranger" Madonna

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

chocolate heaven


A capacidade humana para sobreviver e buscar a felicidade é indestrutível. (Jung Chang)


Dedicado: a ti MR, foste um amigo inesquecivel, a verdade é que nao vais mais estar connosco... estas connosco la em cima, és mais uma estrelinha a olhar por nos, especialmente pela L. aprendemos todos muito contigo, entre outras coisas a aproveitar da melhor forma possivel e com um sorriso na cara o que a vida nos dá e viver cada dia de forma positiva .... como se fosse o ultimo dia porque a verdade é que por mais previsões que se faça, nunca sabemos o que está no outro lado da curva da vida e tambem sei que acreditando no ceu, o teu sera rodeado de pessoas que gostas tudo será revestido a chocolate e a unica comida sera chocolate

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Quadruple Chocolate Loaf Cake.... para receber com energia positiva o que ai vem

e vem ai mais um aniversario.... e agora? dizem que a fase da vida em que nos encontramos é a mais sensual e sexy da mulher e que é a melhor altura porque é quando saimos de casa, tornamo-nos independentes, em que a maior parte das mulheres têm filhos, em que casamos ou juntamos ou amantizamos, em que fica encaminhado o rumo profissional.... de tudo um pouco, por isso vamos ver no que dá.... o ano passado foi uma montanha russa, por isso para transmitir energia positiva para o que que ai vem para ser mais positivo, não posso deixar de partilhar algo com todos.... apesar de ser alergica ao dito (chocolate), a receita da Nigella Quadruple Chocolate Loaf Cake pareceu-me adequada para marcar estes momentos de forma inesquecivel:

Ingredients
Cake:
1 2/3 cups all-purpose flour
1/2 teaspoon baking soda
1/2 cup cocoa
1 1/3 cups sugar
1 1/2 sticks soft unsalted butter
2
eggs
1 tablespoon good-quality
vanilla extract
1/3 cup sour cream
1/2 cup boiling water
1 cup semisweet chocolate chips or morsels
Syrup:
1 teaspoon cocoa
1/2 cup water
1/2 cup
sugar
1-ounce dark chocolate (from a thick bar if possible), cut into splinters of varying thickness, for
garnish
Special equipment: 2-pound loaf tin (approximately 9 1/2 by 4 1/2 by 3 inches deep), lined with greased foil, pressed into the corners and with some overhang at the top. Alternatively, substitute a silicon loaf tin, no foil lining necessary.
Directions
Take whatever you need out of the refrigerator so that all ingredients can come room temperature.
Preheat the oven to 325 degrees F, putting in a baking sheet as you do so.
Put the flour, baking soda, cocoa, sugar, butter, eggs, vanilla, and
sour cream into the processor and blitz until a smooth, satiny brown batter. Scrape down with a rubber spatula and process again while pouring the boiling water down the funnel. Switch it off, then remove the lid and the well-scraped double-bladed knife and, still using your rubber spatula, stir in the chocolate chips or morsels.
Scrape and pour the batter into the prepared loaf tin and put into the oven, cooking for about 1 hour. When ready, the loaf will be risen and
split down the middle and a cake-tester will pretty well come out clean.
Not long before the cake is due out of the oven (when it has had about 45 to 50 minutes), put the syrup ingredients of cocoa, water and sugar into a small
saucepan and boil for about 5 minutes, to give a thick syrup.
Take the cake out of the oven and sit it on a
cooling rack, still in the tin, and pierce here and there with a cake tester. Pour the syrup over the cake.
Let the cake become completely cold and then slip out of its tin, removing the foil as you do so. Sit on an oblong or other plate. Sprinkle the
chocolate splinters over the top of the sticky surface of the cake

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Comi e Orei


Vou cometer uma loucura mas não posso deixar de partilhar contigo (M.) um texto que vem num livro que li numa viagem a um sitio bem longe daqui, Bali. É um livro memorável porque acredito que muitos de nós já passamos por momentos na vida iguais ou sentimos o mesmo que a escritora descreve no livro Comer, Orar e Amar. É um livro que nos leva a querer mais. Aqui vai:

"- (...) não consigo deixar de estar obcecada pelo David. Pensei que estava tudo esquecido, mas afinal está tudo a voltar outra vez.
Ele diz-me:
- Dá mais 6meses, vais ver que te sentes melhor
- Já dei 12 meses, Richard
- Então dá mais 6. Deixa correr mais 6meses até desaparecer. Coisas como essa levam tempo.
(...) diz o Richard - escuta-me. Um dia vais olhar para este momento da tua vida e vais vê-lo como um doce momento doloroso. Vais ver que estavas de luto e que tinhas o coração despedaçado, mas que a tua vida estava a mudar e que estavas no melhor lugar do mundo para isso, num belo local de culto, rodeado de graça. Aproveita cada minuto deste tempo. Deixa que as coisas se resolvam por si aqui na Índia.
- Mas eu amava-o mesmo
- Grande coisa. Então apaixonaste-te por alguém. Não vês o que aconteceu? Este tipo tocou um lugar mais fundo no teu coração do que pensavas ser possível. Foste atingida por um raio, miúda. Mas esse amor que sentiste é apenas o início. Só tiveste um gostinho do que é um amor mortal limitado e inconsequente. Espera até veres como podes amar de forma mais profunda do que isso. Que diabo Mercearias! Tens a capacidade de vir um dia a amar o mundo inteiro. É o teu destino. Não te rias.
- Não me estou a rir - Na verdade, estava a chorar - (....) acreditava mesmo que o David era a minha alma gémea.
- Provavelmente era. O teu problema é que não compreendes o que significam essas palavras. As pessoas pensam que uma alma gémea é o par perfeito e é isso que toda a gente quer. Mas uma verdadeira alma gémea é um espelho, uma pessoa que te mostra tudo aquilo que te retém, a pessoa que faz com que te centres em ti mesma para que possas mudar a tua vida. Uma verdadeira alma gémea é provavelmente a pessoa mais importante que alguma vez conhecerás porque deita abaixo as tuas defsas e desperta a tua consciência. Mas viver com uma alma gémea para sempre? Não. É demasiado doloroso. As almas gémeas entram na nossa vida para nos revelarem uma outra camada de nós mesmos e depois vão-se embora. E graças a Deus que assim é. O teu problema é que não consegues esquecer esta. Acabou Mercearias. O objectivo do David era dar-te um abanão (...) abrir-te o coração para que pudesse entrar uma nova luz, deixar-te tão desesperada e descontrolada que tinhas de transformar a tua vida, (...) e pôr-se a andar. Era esta a sua missão e saiu-se lindamente, mas agora acabou. (...) se limpares todo o espaço da tua mente que estás a usar neste momento com essa obsessão, ficarás com um espaço vazio, um ponto aberto - uma passagem com um espaço vazio, um ponto aberto - uma passagem. E Adivinha só o que o universo irá fazer com essa passagem. Vai entrar por aí dentro, Deus irá entrar por ai dentro, e encher-te com mais amor do que alguma vez sonhaste. Portanto, pára de usar o David para tapar essa passagem"
Dedicado: a M e para todas nós, apenas para mostrar que as escolhas fazem-se mas se calhar tambem porque encontramos almas gémeas, que nos transformaram para estarmos abertas para o que ainda está para vir ... e estou certa que o futuro irá ser muito positivo, porque mereces, energia positiva para o que vem

Would you Save Room for me?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

vai uma bolachinha?


Uma receira da Nigella de bolachinhas de manteiga e canela para ser sensual para a passagem de ano (a canela é afrodisiaca segundo ouvi dizer) ou natalicia, qualquer que seja a escolha tudo é um excelente motivo para fazer bolachinhas para oferecer:

1 cup white sugar
1/2 cup unsalted butter, softened
3 egg yolks
2 tablespoons milk
2 cups plain flour
1/2 teaspoon baking powder
1/2 teaspoon salt
2 teaspoon cinnamon

In a medium bowl, cream together butter and sugar. Beat in egg yolks, then stir in milk.
In another bowl, combine flour, cinammon, baking powder and salt. Stir into wet ingredients until well blended.
Wrap dough and chill for at least 2 hrs.
Preheat oven to 175.C.
On a slightly floured surface, roll dough into 1/4 inch thickness. Cut out cookies using a cookie cutter.
Place cookies 1 inch apart on a cookie sheet. Bake for 10-12 min, until brown.

lições de Anatomia ....


São frases tiradas da Anatomia de Grey... sei que pode parecer surreal mas inspiraram-me em alguma altura da minha vida e gosto de me relembrar de cada uma delas, que mais não seja porque gostaria de ter sido a mente pensadora que teve algumas delas porque sao autenticas perolas,dão que pensar
"I wish there were a rulebook for intimacy. Some kind of guide to tell you when you've crossed the line. It would be nice if you could see it coming, and I don't know how you fit it on a map. You take it where you can get it, and keep it as long as you can. And as for rules, maybe there are none. Maybe the rules of intimacy are something you have to define for yourself. "(...)
"At some point, you have to make a decision. Boundaries don't keep other people out. They fence you in. Life is messy. That's how we're made. So, you can waste your lives drawing lines. Or you can live your life crossing them. But there are some lines... that are way too dangerous to cross." (...)
"You know how when you were a little kid and you believed in fairy tales, that fantasy of what your life would be, white dress, prince charming who would carry you away to a castle on a hill. You would lie in bed at night and close your eyes and you had complete and utter faith. Santa Claus, the Tooth Fairy, Prince Charming, they were so close you could taste them, but eventually you grow up, one day you open your eyes and the fairy tale disappears. Most people turn to the things and people they can trust. But the thing is its hard to let go of that fairy tale entirely cause almost everyone has that smallest bit of hope, of faith, that one day they will open their eyes and it will come true. "(...)
"At the end of the day faith is a funny thing. It turns up when you don't really expect it. It's like one day you realize that the fairy tale may be slightly different than you dreamed. The castle, well, it may not be a castle. And it's not so important happy ever after, just that its happy right now. See once in a while, once in a blue moon, people will surprise you , and once in a while people may even take your breath away."(...)
"A couple of hundred years ago, Benjamin Franklin shared with the world the secret of his success. Never leave that till tomorrow, he said, which you can do today. This is the man who discovered electricity. You think more people would listen to what he had to say. I don't know why we put things off, but if I had to guess, I'd have to say it has a lot to do with fear. Fear of failure, fear of rejection, sometimes the fear is just of making a decision, because what if you're wrong? What if you're making a mistake you can't undo? The early bird catches the worm. A stitch in time saves nine. He who hesitates is lost. We can't pretend we hadn't been told. We've all heard the proverbs, heard the philosophers, heard our grandparents warning us about wasted time, heard the damn poets urging us to seize the day. Still sometimes we have to see for ourselves. We have to make our own mistakes. We have to learn our own lessons. We have to sweep today's possibility under tomorrow's rug until we can't anymore. Until we finally understand for ourselves what Benjamin Franklin really meant. That knowing is better than wondering, that waking is better than sleeping, and even the biggest failure, even the worst, beat the hell out of never trying." (...)
"I have an aunt who whenever she poured anything for you she would say "Say when". My aunt would say "Say when" and of course, we never did. We don't say when because there's something about the possibility, of more. More tequila, more love, more anything. More is better. " (...)
"There's something to be said about a glass half full. About knowing when to say when. I think it's a floating line. A barometer of need and desire. It's entirely up to the individual. And depends on what's being poured. Sometimes all we want is a taste. Other times there's no such thing as enough, the glass is bottomless. And all we want, is more. "(...)
"Maybe we're not supposed to be happy. Maybe gratitude has nothing to do with joy. Maybe being grateful means recognizing what you have for what it is. Appreciating small victories. Admiring the struggle it takes simply to be human. Maybe we're thankful for the familiar things we know. And maybe we're thankful for the things we'll never know. At the end of the day, the fact that we have the courage to still be standing is reason enough to celebrate." (...)
"At the end of the day, there are some things you just can't help but talk about. Some things we just don't want to hear, and some things we say because we can't be silent any longer. Some things are more than what you say, they're what you do. Some things you say cause there's no other choice. Some things you keep to yourself. And not too often, but every now and then, some things simply speak for themselves. "(...)
"How do you know when how much is too much? Too much too soon. Too much information. Too much fun. Too much love. Too much to ask... And when is it all just too much to bear? " (...)
"The fantasy is simple. Pleasure is good. And twice as much pleasure is better. That pain is bad. And no pain is better. But the reality is different. The reality is that pain is there to tell us something. And there is only so much pleasure we can take without getting a stomachache. And maybe that's okay. Maybe some fantasies are only supposed to live in our dreams."(...)
"At the end of the day, when it comes down to it, all we really want is to be close to somebody. So this thing, where we all keep our distance and pretend not to care about each other, is usually a load of bull. So we pick and choose who we want to remain close to, and once we've chosen those people, we tend to stick close by. No matter how much we hurt them, the people that are still with you at the end of the day - those are the ones worth keeping. And sure, sometimes close can be too close. But sometimes, that invasion of personal space, it can be exactly what you need. "(....)
"You don't get to call me a whore! When I met you, I thought I had met the person I would spend then rest of my life with. I was done. So all the boys, and all the bars, and all the obvious daddy issues... who cared? Because I was done. You left me! You chose Addison! I'm all glued back together now. I make no apologies for how I chose to repair what you broke. You don't get to call me a whore! "

(from Dr. Meredith Grey - Anatomia de Grey)

vai uma francesinha?


desejos são uma coisa lixada, especialmente quando não se está gravido e nao se pode ter essa desculpa .... geralmente chamam-nos loucos ou manientos... francesinhas é algo que me tem dado uma vontade imensa de comer ultimamente, especialmente se fossem do Forninho, café em Vila do Conde. Não sei explicar, comi lá se não me engano 2 ou 3 vezes mas não sei porque sabem aquelas vezes em que se come algo e passado imenso tempo lembramo-nos que ja nao comemos ha imenso tempo e até nos vem o saborzinho à boca e ficamos como dizem la em cima aguados (ou é augados??? nunca entendi bem como se diz.... bem ficam com agua na boca) é como me sinto.... puf..... nestas alturas a unica coisa a fazer é desencantar uma amiga ou amigo e pegar na trouxinha por um dia e ir la porque parece que enquanto nao saborearmos o que nos vai na cabeça nao vai sair mesmo

viver... é como o skydiving


.... "depois de rompermos com as coisas que damos como certas e nos sentimos bem com isso, é uma sensação libertadora"(de R.) uma amiga minha disse-me isto ontem e fiquei estupfacta quando li e pensei... minha nossa esta miuda (adulta mas com alma de criança cheia de energia positiva...quem dera a muitos ser assim) é um genio, nao conseguiria pôr por palavras o que sentimos quando nos sentimos "nós" de novo depois de uma grande mudança nas nossas vidas ... sensação libertadora.... realmente é.... parece que deixamos de ter dores de cabeça, estomago, problemas intestinais, nervos miudinhos e de repente nos sentimos livres e conseguimos respirar de novo, como se passassemos de uma sensaçao de que nos tiraram o chão e nos atiraram de um aviao sem para-quedas e acabamos por ficar sem ar, até que de repente nos apercebemos que "espera... eeeespera afinal isto aqui atrás é um para-quedas" e de abrimos e sentimos uma leveza imensa e um prazer enorme, aproveitamos a vista até que chegamos ao chão e sentimos que tudo valeu a pena... que o céu é o limite

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

I'd like to put my fingers on you....

hoje sonhei contigo.....

Hoje sonhei contigo..... ja nao me acontecia ha quase meio ano ou mais..... foi meio estranho estavas no teu machibombo a tirar pranchas de cima do carro.... e nao sei bem como eu estava la e estavas a perguntar-me como eu estava, novidades e já tinha passado tanto tempo e se não tinha aparecido alguem na minha vida...... respondi e depois acordei.... era um sonho... sinto que apesar de muito ter passado .... passou 1 ano e parece que nao foi suficiente depois de tudo o que passamos... uma parte de mim diz que ja passou muito tempo do ponto de não retorno e que um novo amor virá .... outra parte..... diz que nunca é tarde e que ainda é possivel o impossivel ... sei que nunca vais ler este post mas tinha que tirar isto de cá de dentro afinal tenho muito por agradecer a quem anda la em cima (Deus ou como queiram chamar) .... tive pelo menos 1 grande amor na minha vida... se vai haver outro(s) so o tempo o dirá.... muita gente nunca vai poder dizer isso porque nem sabe o que é o amor, porque quando o amor vem e bate-lhes à porta eles fogem e querem apenas paixões, sem ter a noçao que o amor é algo tranquilo mas apaixonado e a paixão é irracional e emotiva mas ao mesmo tempo passageira....

just be you


10.676.910 é o que diz as estatísticas em relaçao ao total de portugueses em Julho de 2008.... ora se chegamos aos 15 e deixamos de dançar porque outros dizem que ja nao temos idade para essas coisas porque sao coisas de crianças a nao ser que optemos pela vertente profissional, ....deixamos de andar de baloiço porque "isso é para crianças" ... e quando chegamos aos 27 aos 30 é a idade para casar e depois de casar temos que ter filhos e depois de ter filhos porque todos dizem que é a altura.... alias nos sentimos biologicamente necessidade disso ...e estudar é até aos 25 depois disso até parece mal deixarmos de trabalhar,mesmo que tenhamos guardado dinheiro para voltarmos a estudar e seguir um novo rumo.... etc etc etc.... e eu pergunto, se seguirmos este percurso porque fica bem e porque é o que os outros esperam o que somos? Sim quem somos? porque por vezes sinto que quando as pessoas casam porque ja todos esperavam que casassem, e têm filhos porque é o que é suposto fazerem depois de casarem e deixam de fazer coisas que adoravam porque outros dizem que ja nao têm idade para essas coisas..... entao o que somos? .... perdemos a identidade..... somos mais um de entre 10.676.910, deixamos de ser únicos quando decididmos ceder...... se formos casar ou juntar-nos a outra pessoa que seja por nós, ter filhos, que seja por nós, deixar de fazer algo que nos dê prazer..... que seja por nós..... os gostos mudam, as pessoas mudam e a vida surpreende-nos .... mas se escolhermos o nosso proprio percurso, a nossa vida será .... unica mesmo que coincida em alguns pontos com a vida dos outros, simplesmente porque fazemos isso por mais ninguem a nao ser por nos mesmos.... ser diferente e original por nos mesmo que para isso tenhamos que lutar contra a corrente

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

porque ha alturas na vida....

porque ha alturas na vida em que tomamos as escolhas certas e em outras alturas as escolhas mais erradas que poderiamos tomar.... o amor nao chega para resolver quando o problema é maior que o amor.... temos que saber dizer quando chega.... o amor nao cura tudo... e infelizmente mesmo quando as coisas correm bem,.... o amor continua a nao ser suficiente para manter duas pessoas unidas-..... é a vida ja dizia a minha avo

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

viver em paz com o presente através do ioga


"o ioga é o esforço para sentir a divindade de cada um pessoalmente e depois persistir eternamente nesse sentimento. O ioga tem a ver com autodomínio e o esforço dedicado para deixar de remoer constantemente o passado e pôr de lado as insistentes preocupações com o futuro, para que em vez disso possamos procurar um lugar de presença eterna do qual possamos olhar para nós próprios e para aquilo que nos rodeia de forma equilibrada. Só a partir desse ponto de equilibiro espiritual é que a verdadeira natureza do mundo (e de nós mesmos) nos pode ser revelada (...) Tudo foi compreendido. Mas agora tentem viver dessa forma. Tentem pôr essa ideia em prática vinte e quatro horas por dia. Não é fácil. E por isso é que na Índia é considerado um dado adquirido o facto de ser preciso um professor para o nosso ioga." ... dá que pensar... tenho que retomar as aulas .... fazer sozinha é bom, mas nao é claramente suficiente

(citação retirada do livro que usei na minha viagem em Junho "Comer Orar e Amar", se não conhecem é um livro que está agora na moda porque fizeram um filme tendo por base o que vem escrito no livro)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pare com as desculpas

na vida estamos sempre a inventar desculpas para nao lutar por aquilo que realmente acreditamos.... ja estou como aquela anuncio da impotencia "se calhar é do cão, se calhar foi do jantar, etc" (é algo assim do genero) a verdade é que é muito facil inventar desculpas e arranjar motivos para nao mudarmos de vida e nao mudarmos de atitude perante o que fazemos com a nossa vida e com o que fazemos com as pessoas que nos rodeiam... pois bem, se nao querem mudar de atitude perante a vida e perante os outros, nao mudem, se nao querem seguir outro percurso nao o façam.... mas pelo menos "usem as calças" e digam mesmo: olha vivo insatisfeito com isto e aquilo mas aprenderei a viver feliz com isso.... afinal o que vao escolher? a verdade é que olhamos em redor e temos consciencia que ha muitas mais pessoas com problemas muito mais graves e realidades muito mais complicadas com a nossa.... mas vivemos preocupados com o nosso proprio umbigo e nao vemos quem esta ao nosso lado... por bem pare com as desculpas e seja feliz.....

Dedicado a todas as pessoas que acordam mal humoradas de manha e que na verdade têm muito nas suas vidas para agradecer, simplesmente estão tão concentrados no pontinho negro que vêem na tela branca que nao aproveitam o resto da "tela"

sábado, 25 de setembro de 2010

just one more day

é o que todos gostariamos de ter muitas vezes.... just one more day....

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

nada vou mudar....


Nada Vou Mudar (Mia Rose Feat. Joe Jonas )

Eu sei, que ele não está a ouvirEstá longe, é o que estou a sentirE parece inalcançável
Para eleTudo é só diversão (She's serious)Faz-me sempre ver a razão (She's always in a rush and interrupted)Like he doesn't even care (Like she doesn't even care)
Tu, MeWe're face to faceBut we don't see eye to eye
Como da terra ao ar (Like Fire and Rain)Nunca iremos voar (You can drive me insane)But I can't stay mad at you for anything.Como Venus e Marte (We're Venus and Mars)Dois mundos à parte (like different stars)But You're the harmony to every song I singAnd I wouldn't change a thing.
She's always trying to save the dayJust wanna let my music playShe's all or nothingBut my feeling's never change
Ele tenta ler o meu pensamento (I try to read her mind)Fazes de tudo para me arrasar (She tries to pick a fight to get attention)That's what all of my friends say
Tu, MeWe're face to faceBut we don't see eye to eye
Como da terra ao ar (Like Fire and Rain)Nunca iremos voar (You can drive me insane)But I can't stay mad at you for anythingComo Venus e Marte (We're Venus and Mars)Dois mundos à parte (We're like different stars)But You're the harmony to every song I singAnd I wouldn't change a thing.
When I'm yes she's noQuando eu toco ele não está
We're perfectly in perfectBut I wouldn't change a thing, no
Como da terra ao ar (Like Fire and Rain)Nunca iremos voar (You can drive me insane)But I can't stay mad at you for anythingComo Venus e Marte (We're Venus and Mars)Dois mundos à parte (We're like different stars)But you're the harmony to every song I singAnd I wouldn't change a thing.
But I can't stay mad for anything
Como da terra ao ar (We're Venus and Mars)Nunca iremos voar (We're like different stars)But You're the harmony to every song I singAnd I wouldn't change, wouldn't change a thing


Esta é uma letra de uma musica que dedico a R, MJ, T .... porque não escolhemos de quem gostamos especialmente porque nem sempre os caminhos se cruzam da forma como gostariamos...nem as relaçoes seguem a orientação com que sonhavamos.... a vida dá muitas voltas mas a verdade é que no final, crescemos mais um bocadinho e ficamos mulheres mais fortes, mais especiais e unicas.... e venha alguem dizer ou ter uma atitude que indique que não vale a pena lutar por nós .... porque para nós, o céu é o limite....alem de que.... ja têm muita sorte de poder partilhar connosco o caminho, porque pessoas especiais como voces, são raras, joias precisiosas e é preciso ser uma pessoa muito especial para ver a preciosidade que têm na frente

dificuldade... oportunidade ou problema?


acho interessante como alguem nos pode fechar uma porta mas a vida nos abre uma porta ainda maior é bem engraçado fico orgulhosa quando olho para trás e percebo que tanto eu, como as pessoas que partilham comigo o caminho, temos conseguido ver os lados positivos das portas que se fecharam e tirar partido desse fecho para depois conseguir entrar pela nova porta que se abre.... a vida dá muitas voltas e isso transforma-nos naquilo que somos hoje.... a vida pode ser dura mas tambem é divertida, desde que consigamos ver as partes boas que são colocadas à nossa disposição .... penso que se dermos o nosso melhor e cuidarmos dos nossos familiares e amigos, o caminho está garantido, com as suas pedras no caminho mas com muita energia positiva para aproveitar e partilhar.... como aprendi numa palestra do centro budista (foi no dia 17 associado ao centro budista de lisboa, se nao conhecem, posso-vos dizer que têm muito que aprender, mesmo que nao queiram ser budistas nem acreditem no budismo), peranta a dificuldade temos duas hipoteses "ou olhamos para a dificuldade como se fosse um problema" "ou olhamos para a dificuldade como se fosse uma oportunidade".... a escolha é nossa e disso vai depender o rumo da nossa vida e o que poderemos fazer dela

terça-feira, 21 de setembro de 2010

um dia...


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Livro - Esquinas do Tempo



muito bem, vou sem tentar imitar vocês sabem quem (um sr professor uiversitário da Faculdade de Direito de Lisboa), ir copiando algumas capas de livros ou então comentando alguns livros que achei maravilhosos ou então que de alguma forma não me ficaram indiferentes. Não seguindo uma ordem muito lógica (apenas a arrumação ou direi desarrumação que tenho nas prateleiras) decidi dedicar o primeiro post de livros a uma excelente escritora portuguesa Rosa Lobato Faria, cujos livros recomendo, aqui vai a parte da capa do livro "as esquinas do tempo" que gostei bastante, procurem um livraria, estou certa que vos vai surpreender:

"" Quando Margarida chegou à casa da Azenha teve aquela sensação não desconhecida mas sempre inquietante, de já ter estado ali." Margarida é uma jovem professora de matemática. Um dia vai a Vila Real proferir uma palestra e fica hospedada num turismo de habitação casa antiga muitissimo bem conservada e onde, no seu quarto está dependurado o retrato a óleo de um homem que se parece muito com Miguel, a sua recente paixão. Por um inexplicável mistério, na manhã seguinte Margarida acorda cem anos atrás,no sei da sua antiga família. Sem perder consciência de quem é, ela odeia esta partida do tempo. Mas aos poucos vai-se adaptando. Conhece o homem do quadro e apaixona-se por ele. Quando ele morre num acidente, Margarida regressa ao presente. Romance simultaneamente poético e fantástico."